Archive for junho 2011

Quem Acende As Estrelas


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e quando amanhecer, espero que todas as farpas fiquem pra trás,
espero cantar pra você de novo mesmo sem voz
e vou tentar fazer com que me entenda, mesmo que não faça muito sentido,
e se tiver cansada espero que me escute falar pelo menos até dormir,
ouvir o quanto me faz bem, dormir mesmo sem saber
a que horas devemos acordar, e gostar do suco que eu fiz
pra gente, mesmo estando horrível e sem doce demais,
assistir aquele mesmo filme dez vezes e brigar por qualquer bobagem
sem ser muito serio, sabe.
não sei se por bem, não vou implicar com a sua preocupação,
e não vou pensar tanto no barulho lá fora, me faz bem te ver com meu casaco
e brincando com meu cachorro. Faz a vida ser mais bela, e não pensar no finito
e que realmente não somos grandes demais pra pensar que tudo foi perdido,
mesmo nada sendo como antes, não quero mais nada não.

Mais Delírio, Menos Sal.


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concentramos onde estamos, buscamos as palavras certas pra dizer
quando algumas dúvidas prevalecem encima de tanta maldade
a sociedade implica com felicidade, ouvi dizer que não é de hoje,
aprendi velho, a gente envelhece, fica ranzinza com tanta ingratidão
a gente pergunta pra si mesmo por que tanta indignação
eu vejo escorrer agonia nesse vazio voraz,das pessoas que, sem paladar,
agridem com o olhar, o que não conseguem definir,
por somente fugir do patamar de dominação, uma serie de
pseudo-valores, ou não, se tornam algo em vão.
um brinde ao amor, e ao 'dar de ombros' então, é melhor eu nem pensar
que quando tudo acabar do jeito mais feliz, tudo que os ignorantes
desmandaram com o nariz, estará vivo por vir. um brinde ao imperfeito
errôneo, a zica que cai por terra antes de atingir, as novas escolhas
e a tudo que nos faz tão maiores do que  a maioria dos Etiqueteiros
sem Ética, na grande massa de hipocrisia, e o bem que acaba por prevalecer.
e eu gosto até, de cantar sobre, e me fazer pensar que superamos isso
me dá um troféu que guardo junto com todos outros que não quis
receber, certamente superior, a próxima vez que vier aqui,
ainda vou falar de amor.


uma pitada de 'pra sempre'


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deita aqui, faz o seguinte,
tenta não pensar no tempo e vamos lá
não pensa no que fazer em que vai te consolar
ou algo assim, coloca no automático e vem  deitar.

as coisas voam como folhas, tudo está fora do lugar
eu não tenho nem um centavo no bolso
mas é aqui o meu lugar, calma com isso
reescreva o rabisco e vem pra cá.

lembra de tudo que te disse quando não te conhecia
pensa em todo sonho que hoje já não é impossível sonhar
desata esse laço, me de o seu braço e vem cá

a gente pensa demais em tudo que poderiam achar
a gente tenta, tenta e acerta,
não me diz que já é hora de acordar, deixa assim,
faz um desenho pra mim, pra um dia me entregar.

e guarde esse instante, sem refletir sobre o constante
é difícil não pensar, a gente deita mais tarde,
acorda mais cedo  o tempo parece parado,então
esquece tudo deita aqui do lado, E por 5 minutos vem dançar.

Dissonância


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O outono é uma nota diminuto
te gripa no sol, te agasalha no anoitecer
faz o crepúsculo laranja e as folhas opacas
dissolve as memórias em lembranças
te faz acostumar com o frio e com si só
te carece um par pra dançar
torna o café mais quente e a noite mais calma
desafina o violão enaltece a solidão
preenche de tédio, te faz cortar as unhas
e te da tempo pra limpar os sapatos
te deixa mais bonito nas fotos
te queima os lábios
é quase gelado, recente ex verão
e enquanto algumas folhas caem
brotam as mais inusitadas e incomuns
flores-de-outono*, o que dá cores vivas
pra tanto descompasso, e reverencia
na palidez desses dias o encaixe perfeito
para o encarar de mais um longo inverno.


* bem aventurança constatada a 16 outonos atrás,
parabéns pagodeiro  a minha namo, nascida no dia de outono 04/06♥ ;

quando penso leve ou extenso


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quando eu 'frito' paro reflito e omito 
quando penso quase sempre é só abismo 
quando sinto quase sento e é só sorriso 
quando fico me desligo de tudo isso 
quando tenho não desdenho só procuro abrigo 
quando vais quase morro de paixão
quando vens atropelas meu coração

quando grito sempre finto toda multidão 
quando quente quase ardente parece ilusão 
quando seguro quase choro de razão 
quando olho não sei como consegui
quando desnorteio  prendo o grito a te seguir 
quando quero quero tudo, e só pra mim 
quando é olhar prometo o mundo até cumprir
quando penso é propenso te amar 
quando não queixo quase almejo triunfar 
que não mude quase rude e devagar  
quando pude, plenitude no caminhar.
quando penso tens razão
quando calado me dê a mão.