Dúvida


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És tão minha quanto o sol é do luar 
toda noite passa estranha, todo calo na garganta 
do que não foi dito e respondido. 
respondo com silêncio e em vão te agrido 
A força corrói o moinho de vento,
o cansaço pesa vinte quilos nas pernas  
cada dito é posto a prova, 'ora-bolas não era amor?' 
'é cisma sua' ela diz, e quase por um triz
o orvalho da ânsia aquece o rosto, 
é o esboço visceral de quem não quis brigar, 
não quis deixar a indiferença tomar conta. 
é que posso ler o olhar de cada um que me tem como rival 
não sei se por capricho ou por mal, o vento tenta levar 
n'um deslize ou em algo que atormenta, 
que tormenta, como venta, 
quero um abraço pra tudo melhorar. 
e pra vida correr lá fora, 
sinto no grito que é hora de parar.




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